4 de abr. de 2014

Filhos



Como definí-los? Como entendê-los? Como educá-los? Como acertar no que é mais passível de erros? Poxa, não vem com manual?! 

Tenho poucas lembranças da minha infância, meus pais sempre foram rígidos e exigentes, a mãe ao mesmo tempo em que dava um puxão de orelha não media esforços para dar seu amor e carinho. Não conseguimos avaliar o  significado deste amor maluco até que tenhamos os nossos filhos. E com eles a história se repete por gerações e mais gerações.


A descoberta da gravidez, sempre sonhei ser mãe não enxergava minha existência sem eles, era um desejo incompreensível até ouvir o primeiro choro, sentir o cheiro, olhar os dedinhos das mãos e dos pés, os traços, com quem se parecem? As primeiras palavras, os dentinhos, as vacinas, os tombos, o primeiro dia na escola (me acabei de chorar), as brincadeiras com o Papu, as descobertas cada uma no seu tempo, o primeiro(a) namorado(a), as músicas preferidas, seus ídolos, seus sonhos!


Ah, a gente sonha tanta coisa para eles! Esquecemos que estes sonhos não nos pertencem, criamos para o mundo e para suas próprias escolhas... E isso dói!

O cordão umbilical não é cortado no parto, ele vai aos poucos se desfazendo até que um dia está completamente separado de nós, mães! 

Deveria ter sido mais severa do que mãe amiga... A mãe severa é respeitada, lembro que por mais insatisfeita que eu estivesse com as ordens da minha mãe, eu aceitava sem me atrever a desrespeitar. Esta geração é tão diferente, onde foi que erramos, sendo que só queríamos acertar?

E mesmo com os tombos e porradas que levamos continuamos a amá-los incondicionalmente, que amor engraçado, estúpido, exagerado e porque não dizer Hercúleo! Estes dias minha sobrinha que tornou-se mãe a menos de dois anos definiu muito bem: Um amor muito maior que qualquer outro, nós os amamos muito mais do que eles a nós!

Eu amo vocês além do inimaginável, me transformo em leoa voraz, onça feroz se algo de mal acontecer com vocês... Mas também sou gatinha manhosa que precisa de amor e carinho!